segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Não me neguem a poesia

Neguem
Neguem-me o pão
O vinho
O suor e a lágrima

Neguem-me a verdade
O realismo real da realidade

Neguem-me até a prosa e o canto

Neguem-me a casa e o chão

Neguem-me a pureza da alma!

Oh, se me podem negar as encruzilhadas e os destinos da vida!

Pode-me negar o brilho do sorriso de um ser infantil
O voo cantante das andorinhas que só vêm na primavera
O cantar do grilo nos campos verdejantes de uma noite de Verão
Até um profundo e desalmado toque, e corte, e sangue que vive e corre no coração

Mas, não me neguem a poesia!

Não me neguem as páginas, os versos e versículos da poesia e dos poetas
Não me neguem a pena com que se escreve os dias, as noites, as madrugadas de luar às estrelas

Por favor, não me neguem a linha da poesia viva, e pura, e santa e santificada com que se dá de beber à mais subtil caligrafia imaginada que escorre pelo confim do pensamento e se transforma no verso imenso do rio, praia, oceano de corações onde tudo vive, è vida, palpita e pulsa; qual dança cósmica na unidade de múltiplas faces do Ser, eterno

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sapiens Lux

Ode ao Sapiens Sonho

Sonho
Sonhar è viver
È fazer acontecer
È se reaviver
È a semente do nascer

Precisamos de gente

Gente que sonha
Gente que vive sonhando
Gente que faça pensando
Gente que construa caminhando

Fazer do sonho o despertar de uma nação
Fazer do sonho o cantar do coração
Fazer do sonho o viver de uma razão
Fazer do sonho a obra de sua mão

Mesmo, ó Homem de Deus
Que te falte a força da fé
Mesmo, ó Graça Santa
Que te vejas em grande dor
Levanta-te
Ergue-te
Caminha e vai
Por teu próprio pé 
De mãos em Oração
De Espírito em Devoção
E segue
Anda
Anda mais um pouco
Se caír, levantas; do chão não passas
Corre, pula, vibra, canta
Salta, empolga-te, toca e dança
Na tilintar do sino
Com uma canção

domingo, 12 de maio de 2013

A minha mãe

Ó minha mãe, minha mãe
Ó minha mãe minha amada
Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada

Eu gosto da minha mãe
È de todas a mais bela
Perdoem-me todas as outras
Mas não hà mãe como ela

Minha mãe estava rezando
Aos pés da Virgem Maria
Era uma Santa escutando
O que outra Santa dizia

Ó minha mãe, minha mãe
Ó minha mãe minha amada
Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada


                                                           Poesia original, e adaptada da sabedoria popular portuguesa

sábado, 27 de abril de 2013

Pátria
À Alma Lusa


Amai a pátria
Amai-a em todo seu esplendor
Amai-a em suas veredas, montanhas e planícies, jardins, vales e campos de trigo e flores
Amai-a em suas avenidas, ruas e vielas
Amai seus ancestrais castelos construídos pelas mãos de seus antepassados
Amai suas bandeiras defendidas com o derramar do mais puro sangue lusitano
Amai-a em singela contemplação de sua obras e monumentos erguidos à intemporalidade de sua memória
Amai Portugal na língua que falais e escreveis
Amai-a na bela língua d´ Os Lusíadas e na lírica de Camões
Amai-a e tenhai-lhe amor
Amai-a desinteressadamente, amai-a com temor
Amai a pátria portuguesa e servi-a

Servi-a com amor, lealdade e prontidão
Servi-a de alma e coração

Admirai Portugal
Admirai e cantai seu hino vitorioso que faz uma "Nação Valente e Imortal"

Honrai Portugal
Honrai a pátria portuguesa e toda a alma lusitana
Honrai a pátria e o sangue nela derramado onde foi fundado o Condado para que hoje Portugal viva e seja próspero

Louvai Portugal
Louvai a pátria portuguesa para que seu bom nome seja elevado às alturas dos céus
Louvai-a para que se faça sentir sua voz no mais distante dos quatro ventos

Comungai Portugal
Comungai a pátria em toda a fé de seus "Egrégios Avós" onde está gravado seu nome nas "Brumas" dos mares dos 5 continentes

Dai a Portugal
Dai tudo à pátria portuguesa
Dai-lhe sangue e vida

Dai-lhe a paz
Dai-lhe toda a paz
Dai-lhe a paz para que a pátria viva, evolua e prospere abundantemente

Meditai Portugal
Meditai na maneira do servir Portugal
Meditai na imortalidade da alma lusa

Cantai
Dançai
Tocai
Escrevei pátria
Para que jamais se apaguem as linhas dos versos do "Nobre Povo"
E
Levantai e erguei ao Santíssimo, Altíssimo e Diviníssimo
Hoje de novo e sempre
Todo o mais digno e puríssimo, "Esplendor de Portugal"

Viva a pátria
Viv´ó povo português

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O D´Ançante

No primeiro vibrar do tambor
Treme a terra
Movimento celeste já lá em cima

Sente-se no coração a harmonia universal cósmica
Reflecte o cérebro
Corre o sangue num fluxo ardente

Nasce o fogo nos calcanhares
Unem-se as mãos em oração
Erguendo-se o olhar ao mais confim dos céus
Pulsa a glote
Ferve a alma

No acender iluminado da luz do espírito,
A dança

                                                 
A Todos os Dançantes e Bio_Danzantes deste Mundo, que è tão só 1
Hoje

Em noite de imensidão celeste olho a nuvem
Bebo seu manto nublado que se move ao sabor do vento acompanhada por um coro de cantores celestes
Nasce uma estrela
Espreita a lua,
No deambular do som longínquo, brota um tambor ao vivo
Será?
Sim, responde o céu!
E com a dádiva da luz da aurora, de manhã digo: è hoje!


Não sei se sonho se penso

Se sonho sonhando
Se penso pensando

Se penso sonhando
Se sonho pensando

Entre o pensar e sonhar
Fio de vida
Que se levanta do rio da água e corre para o mar
Eleva-se à brancura da nuvem
E desce

Transformada imagem real

Lá em cima
Sempre lá em cima
Sou

Luz
Amor
Paz na alma e coração
Vida e oração
Arte e movimento
Clamor!

Fala e criação
Sopro divino
Que canta
Toca,
Fala
E embala

Elevação à mais alteza do cosmos
Comunhão.
Terra e céu!
Dança  bailarino caminhante
Que prega
E è peregrino


Sou
Luz da vida

Gladiador de todas as batalhas
Sonhador cantante
Voador em rotas infinitas
Transformador transformante
Guerreiro incessante
Neste, e noutro mundo distante

Sou
Ricardo Relva
Gavião para muitos

Sou isto
E muito mais